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Foto do escritorCarlos Tavares

Enxaqueca



Descrição da condição


Trata-se de uma cefaleia recorrente, benigna, que pode ser unilateral ou bilateral. Muitas vezes a sua ocorrência pode ser antecipada, antes que ela comece. Geralmente é caracterizada por uma aura, podendo estar associados ou não distúrbios visuais e gastrointestinais.



Causas / Fatores de Risco (Etiologia)


A enxaqueca pode ser causada por stress, sono excessivo, menstruação, gravidez, uso de anticoncecionais orais, consumo de vinho tinto, chocolate, nozes ou queijos envelhecidos. A enxaqueca pode também estar associada a doenças cardiovasculares, doenças psiquiátricas ou distúrbios do sono.

Outros fatores de risco podem incluir fome, fadiga, luzes brilhantes e consumo de álcool. Pode também estar relacionada à dilatação e pulsação excessiva de ramos das artérias carótidas externas. Pode estar associada a distúrbios focais da função neurológica, que são atribuídos à constrição das artérias carótidas internas.



Epidemiologia


A enxaqueca afeta cerca de 12% da população mundial. A enxaqueca crónica afeta 1% a 2% da população global. Aproximadamente 2,5% das pessoas com enxaqueca episódica progridem para enxaqueca crónica. É a segunda condição mais incapacitante em todo o mundo. A enxaqueca crónica está associada a uma maior incapacidade relacionada com a cefaleia, comorbidades médicas e psiquiátricas, uso de recursos do sistema de saúde, custos diretos e indiretos, menor status socioeconómico e qualidade de vida relacionada com a saúde.

Embora qualquer idade possa ser afetada, a incidência aumenta entre as mulheres de 10 a 30 anos.



Sinais e sintomas


A caraterística especial da enxaqueca comum é que geralmente, mas nem sempre, está associada a um desconforto / náusea no estômago. 80% dos casos de enxaqueca vêm sem aura. Duram de 4 a 72 horas, podem ser uni ou bilaterais, pulsáteis, moderadas a intensas e associadas a náuseas, vómitos, fotofobia e fonofobia. Estes sintomas são agravados pela atividade física. 20% dos casos são seguidos por aura e podem ser precedidos por um dos seguintes sinais/sintomas:

  • Escotoma visual, fotofobia, espectros de fortificação.

  • Sensorial: parestesia, dormência, fraqueza unilateral, distúrbio da fala.

Pode coexistir manifestações sistémicas, como extremidades cianóticas (coloridas em azul), tontura, vertigem, calafrios, sudorese, diarreia e sensibilidade a odores.


Veja o seguinte vídeo para saber um pouco mais sobre as enxaquecas, sintomas e possíveis causas:



Algumas Opções de Tratamento


Os objetivos no tratamento da enxaqueca passam por:

  • Identificar todos os agentes que podem estar a contribuir, como por exemplo a dieta, alérgenos alimentares e medicamentos.

  • Aliviar da dor de cabeça aguda.

  • Modificar a dieta ou atividades direcionadas à prevenção de recorrência, bem como procurar restaurar as atividades diárias.

Parte da prevenção passa por evitar queijos, vinho, chocolate, café, chás, colas, açúcar, glutamato monossódico, carnes defumadas, laticínios, aspartame e nitratos. Evite quaisquer alérgenos alimentares conhecidos, luzes brilhantes e fadiga excessiva.


Do ponto de vista das terapias não farmacológicas, o paciente pode experimentar: terapia de pontos-gatilho, massagem profunda das regiões suboccipitais, terapia sacro-occipital, compressas de gelo por 15 minutos sobre a região suboccipital para induzir vasoconstrição, ajustamento quiroprático da coluna torácica superior e cervical.



Esperamos tê-la(o) ajudado com esta informação. Caso necessite de ajuda não hesite em contatar-nos (Quiroativação). Não deixe que a sua coluna afete o seu bem-estar.


Referências:

  • Burch, R., Buse, D., & Lipton, R. (2019). Migraine: Epidemiology, Burden, and Comorbidity. Neurologic Clinics, 37 (4), 631–649.

  • Huff, L. & Brady, D. (2005). Instant Access to Chiropractic Guidelines and Protocols – Second Edition. Elsevier Mosby.


Aviso Legal:

A informação disponibilizada não representa um diagnóstico clínico, nem mesmo uma prescrição. Deve consultar profissionais devidamente credenciados para avaliação e diagnóstico clínico, que possam prescrever tratamentos adequados dentro do seu escopo de prática. Antes de iniciar um programa de exercício deve consultar um profissional licenciado na área clínica e ser supervisionada(o) por um técnico de exercício físico ou fisioterapeuta devidamente qualificado. O mesmo se prende com a prescrição de programas de nutrição funcional e suplementação, os quais devem ser prescritos por nutricionistas devidamente credenciados e pertencentes à respetiva ordem.

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