“O PESO NA SUA MÃO NÃO EQUIVALE ÀS FORÇAS NO SEU CORPO”
(Tom Purvis, 2000)
A história de como 20kg rapidamente se transformam em 48kg de forças a atuar no sistema articular, e o impacto destas nas lesões articulares. Esta é uma história que podia não acontecer no ginásio. Mas a título de exemplo, vamos demonstrar com o exercício de supino plano.
A queda descontrolada de uma barra com uma massa de 20kg sobre o peito de um praticante que se encontra a treinar e que apenas é travada nos últimos 2/5 do movimento descendente.
Na primeira fase do movimento descendente os desígnios do exercício são deixados ao critério das leis da física, que explicam a forma como este corpo cai (tal qual a maçã sobre a cabeça de Newton).
Atendendo aos seguintes valores:
Posição inicial no eixo dos YY é de 0 m
Velocidade inicial no eixo dos YY é de 0 m/s
A barra cai 0,50 m até ser totalmente imobilizada, 0,30 m dos quais em queda livre e 0,2 sendo travada pelo indivíduo que se encontra por debaixo dela
Com estes dados (assumindo a ausência do atrito do ar e de qualquer movimento para resistir à queda da barra por parte do indivíduo), podemos considerar as seguintes expressões como explicativas deste movimento uniformemente variado:
g = 10 m/s2
vy = - 10 x t m/s
y = - 5 x t2 m
Logo, quando y = - 0,3 m:
t = 0,24 s
viy = - 2,4 m/s
Assumindo estes valores, a velocidade linear com que barra vem animada no momento em que o sujeito começa a aplicar força na mesma é de - 2,4 m/s. Dado que ele terá de parar a barra, a aceleração necessária para que isso aconteça em 0,1 s terá de ser:
ay = (vfy - viy)/(tf - ti) = [0 - (- 2,4)]/0,1 = 24 m/s2
Tendo imprimido essa aceleração de 24 m/s2 a uma massa de 20 kg, o nosso praticante teve de aplicar uma força (F = m.a) média, durante os últimos 2/5 da descida, equivalente a 480 N (F = 20 x 24). Ora 480 N, é o peso de um objeto com uma massa de 48 kg.
Conclusão
Quanto maior a variação da velocidade da barra, isto é, a aceleração da barra, maior terá de ser a força (visto que é dependente da aceleração) para contrariar o movimento descendente da barra. Isto traduz-se na prática em afirmar, o que muitas vezes se fala, que a variação da velocidade na fase negativa do movimento tem de ser controlada.
Caso, não haja este cuidado, os efeitos desta força acrescida vão se manifestar nas articulações, contribuindo para a sua deterioração progressiva.
O TREINO NÃO É UMA CIÊNCIA, MAS RESULTA DA CONFLUÊNCIA DE MUITAS CIÊNCIAS. ESTAS PERMITEM-NOS ENTENDER MELHOR OS MÉTODOS E AS METODOLOGIA EMPREGUES, ASSIM COMO AS SUAS CONSEQUÊNCIAS.
Nota: os valores apresentados são meramente indicativos, apesar de ilustrarem uma realidade próxima.
Esperamos tê-la(o) ajudado com esta informação. Caso necessite de ajuda não hesite em marcar uma consulta (Quiroativação). Não deixe que a sua coluna afete o seu bem-estar.
Aviso Legal:
A informação disponibilizada não representa uma prescrição. Deve consultar um profissional licenciado na área clínica antes de iniciar um programa de exercício e ser supervisionada(o) por um técnico de exercício físico ou terapeuta devidamente qualificado.
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